terça-feira, 27 de julho de 2010

Resenha Capítulo 4: ORGANIZAÇÕES: Mutantes e flexíveis como os cérebros?

No capítulo 4 - “A Caminho da Auto-organização – As Organizações vistas como Cérebros”, Gareth Morgan retrata no livro “Imagens da Organização” publicado pela Editora Atlas S. A. São Paulo, em 1996, mais uma metáfora sobre as organizações - dessa vez como cérebros.
Fonte: cotacota.com.br

Neste capítulo o autor cita o livro de G. R Taylor “The natural history of the mind” para confrontar o funcionamento do cérebro com as organizações. Segundo Taylor, o cérebro repousa sobre padrões de crescente refinamento e não (como o fazem as máquinas feitas pelo homem) sobre cadeias de causa e efeito, o que o torna único. Será que é possível planejar organizações tão flexíveis e engenhosas como o funcionamento do cérebro? Pensamos que até pode ser que um dia se consiga mas, no momento, é um tanto difícil termos esse tipo de evolução, embora seja algo brilhante.

No Brasil, principalmente aqui no RN, há um predomínio gigantesco de organizações que ainda adotam o velho sistema mecanicista do outro Taylor e daí evoluir para um modelo tão distante, próximo do modelo organicista é algo que parece improvável, ou pelo menos bastante difícil. O autor faz uma retrospectiva pelos modelos mecanicista, matricial e orgânica para tentar fazer uma espécie de evolução de modelos ou tentando nos mostrar qual deles mais se aproxima do funcionamento do cérebro. Muitas limitações são encontradas. Será que para atingir tal objetivo precisemos colocar as “pessoas certas” para o cargo que se tem em mente, levando-as a criatividade e a inventividade?

Morgan cita um estudo científico da Newsweek de 1983 sobre o funcionamento do cérebro, onde Sharon Begley aponta o paradoxo de que em 2400 anos, desde que Hipócrates localizou a região do intelecto do crânio, os seres humanos se depararam com a evidência que seus pensamentos, realizações e emoções, podem provir de um globo de três libras (o equivalente a 1,36 Kg) de matéria com a consistência de uma gelatina e a cor da neve, após um dia. Ou seja, uma parte tão minúscula com funções tão grandiosas, resumindo a essência do ser humano.

O cérebro tem sido colocado como um sistema de informações e as organizações também, levando a uma moderna ideia de planejar as organizações do futuro com base nesse princípio. A ele (o cérebro) cabe o processamento da informação e suas respectivas reações a fim de atender as necessidades detectadas, a ela (as organizações) cabe se modernizar em conceitos e buscar as ferramentas certas.

O autor nos fala do ganhador do prêmio Nobel, Herbert Simon e colegas, que iniciaram nos anos 40 e 50 o enfoque a compreensão organizacional, conhecido como “enfoque da tomada de decisão”, explorando os paralelos entre a tomada de decisão humana e a tomada de decisão organizacional. De acordo com essa teoria as organizações são instituições que fragmentam, rotinizam e tolhem os processos de tomada de decisão em lugar de estimulá-los. Elas têm nos seus membros uma habilidade limitada de processos de informação e, na melhor das hipóteses, podem chegar somente a limitadas formas de racionalidade. Isto porque esses limites são institucionalizados na estrutura e nos modelos de funcionamento delas.

Jay Gralbraith, também citado pelo autor, nos fala que o ambiente influencia nas tomadas de decisões. Atividades em ambientes incertos requerem que maiores quantidades de informações sejam processadas entre os tomadores de decisão durante o desempenho da tarefa. Quanto maior a incerteza mais difícil agir de forma planejada e rotinizada. É visível que empresas situadas em ambiente de extrema mudança, como as seguradoras, bancos, hotéis e cias. aéreas, altas tecnologias, etc., requerem funções desempenhadas eletronicamente on line que mantêm o sistema inteiramente integrado. Essa evolução ultrapassa fronteiras e as transforma estrutural e espacialmente.

Ainda neste capítulo Gareth fala da cibernética, como as organizações podem utilizar esse conceito para aprender e aprender a aprender. Compara o cérebro com um disco holográfico, que possui as informações necessárias à produção de uma imagem completa de cada uma das suas partes, analogamente as organizações teriam uma capacidade de recriar o todo a partir de suas partes, permitindo a sua auto-organização.

Finalizando, Gareth fala que existem pontos fortes e fracos nesse modelo e nos convida a reflexão. Para agir assim as organizações precisam melhorar a capacidade de inteligência organizacional, valorizando o seu capital humano e permitindo e substanciando-o de ferramentas para tal discernimento e ação. Conseguindo que o todo e suas partes agissem como pequenos comandos ligados a um comando central, com os mesmos objetivos. Este novo modelo “pensante” será um salto enorme onde o processo de racionalidade instrumental daria lugar a um sistema de ação inteligente, como só o cérebro é capaz. Nenhum sistema feito pelo homem, até hoje, está próximo de atingir essa sofisticação. Será que um dia se conseguirá esse objetivo?

Este capítulo é bastante útil para a maior compreensão de como as organizações podem ser mais flexíveis, valorizando o potencial de seus colaboradores e não os tolhendo em prol de uma rotinização muitas vezes irracional. Seu autor, Gareth Morgan, é conhecido por sua contribuição ao desenvolvimento das ciências sociais. É autor de numerosos artigos e obras. É membro do conselho editorial de vários periódicos, conferencista e professor de Ciências da Administração na Universidade de York, em Toronto, Canadá.

Trabalho apresentado a disciplina de Teoria Geral das Organizações

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Resenha cap 3 - A NATUREZA VIVA NAS ORGANIZAÇÕES

 Resenha cap 3 - A NATUREZA VIVA NAS ORGANIZAÇÕES

Gareth Morgan retrata no capítulo 3, sob o título “A natureza entra em cena – As organizações vistas como organismos”, do livro “Imagens da Organização” publicado pela Editora Atlas S. A. São Paulo, em 1996, mais uma metáfora sobre os organismos vivos, e suas constantes mutações, que influenciam as organizações a interagirem com seu ambiente na tentativa de se adaptar a ele e satisfazer suas necessidades.

O autor nos fala que existem diferentes tipos de organizações em diferentes tipos de ambientes, ou seja, as organizações são adaptadas ao seu ambiente e sofrem interferência para que se auto-organizem, numa interação constante entre suas partes e o todo, influenciando e sendo influenciado. Cabendo ao administrador ter uma visão sistêmica e holística do meio em que está inserido para a sobrevivência da mesma. Percebe-se isso com mais ênfase em empresas cujos ambientes são extremamente mutantes.

Gareth Morgan cita muitos teóricos como Elton Mayo (estudos de Hawthorne) onde a teoria das Relações Humanas foi fundamentada. Desse estudo foram desenvolvidos muitos outros relacionados à motivação do ser humano no trabalho. Dentre os nomes que mais se destacaram estão Maslow e Herzberg.

As organizações passaram a ser vistas como um sistema sociotécnico (Tavistock). Quando se escolhe um sistema técnico ele sempre tem conseqüências humanas e vice-versa. Ludwig Von Bertalanffy, biólogo, deu origem à teoria dos sistemas, ao demonstrar a importância do ambiente para as organizações, onde passaram a ser considerado os sistemas abertos, ao contrário do mecanicismo, que via as organizações como sistemas fechados. Segundo Bertalanffy, os organismos vivos precisam interagir com o ambiente para se auto-regularem e manterem sua sobrevivência, nascimento, crescimento e morte (entropia).

Percebe-se que nas organizações não precisa ocorre todo o processo, ou seja, não precisam morrer e, sim, se adaptarem ao novo panorama (entropia negativa). Nesse novo panorama temos a teoria contingencial, que nos fala sobre o que pode ou não ocorrer e que as empresas precisam estar preparadas para tomadas de decisões dentro desse contexto.

Nomes como Tom Burn e G. M. Stalker sobressaíram por causa de um estudo que fizeram em duas fábricas, uma mecanista, pois o ambiente era estável e outra orgânica, cujo ambiente estava em constante mutação. Fazendo-nos ver que o que determina o tipo de empresa é o ambiente em que ela se encontra, quanto mais instável maior a necessidade de adaptação.

Já Paul Lawrence e Joy Lorsch, também citados por Morgan, nos falam que as empresas não são totalmente mecanistas ou orgânicas, pois determinados setores precisam ser adaptados ao sistema que melhor lhe fornecer as ferramentas para seu desempenho. Percebe-se que é preciso ver as partes das empresas isoladamente e também o seu conjunto, e só então, determinar qual o melhor sistema para cada uma dessas partes, não perdendo o foco do todo, ou seja, da empresa em si e do ambiente em que ela está inserida.

Ele ainda nos fala que existem variedades de tipo conforme estudo realizado por Henry Mintzberg: a máquina burocrática, a forma departamentalizada (ambiente simples e estável, focado para produção e eficiência), a burocracia profissional (ambiente estável, tarefas complicadas), a estrutura simples e adhocracias (ambientes instáveis).

Outra teoria presente é a do Desenvolvimento Organizacional – DO, que ajuda a combinar as descobertas da teoria de sistemas e a contingencial através de uma análise mais aprofundada da organização e seu ambiente. Daí pode-se inferir que a análise pormenorizada dos subsistemas e do sistema pode nos fornecer ferramentas para possíveis soluções dos problemas encontrados, sempre levando em consideração que não podemos desviar o foco do todo, privilegiando as partes.

Mas uma vez, o autor cita Darwin (teoria da evolução) para nos falar sobre a seleção natural que existe na natureza, ou seja, os organismos que se adaptam sobrevivem e os que não conseguem se adaptar estão fadados ao fracasso, ou seja, morrer.

Já a Ecologia organizacional: a criação de um futuro compartilhado nos fala de uma tensão ou de luta com os seus ambientes. Sugere que a evolução seja sempre uma evolução de um padrão de relações que abrangem os organismos e os seus ambientes. O autor cita Kenneth Boulding “evolução envolve a sobrevivência do ajustamento e não apenas a sobrevivência do mais ajustado”.

Resumidamente podemos entender que as organizações e os seus ambientes estão engajados em um padrão de criação mútua, em que cada um produz o outro. Os ambientes organizacionais são compostos de outros ambientes e podem influenciar a natureza dos seus ambientes uma vez que interagem com outras organizações e com o meio onde estão inseridas.

Este capítulo é bastante útil para a maior compreensão das teorias já estudadas e quais os tipos de organizações que as adotam e quais as teorias que melhor se adaptam a determinados ambientes. Nessa perspectiva podemos inferir que as organizações precisam interagir entre si, num sentimento de cooperação, uma vez que o ambiente interfere nessas relações e que a cooperação pode ser uma ferramenta poderosa de sobrevivência. Estamos constantemente ouvindo falar de parcerias, e nesse sentido, percebemos a ecologia organizacional presente.

Bastante útil para administradores, estudantes e todos os seres pensantes. Seu autor, Gareth Morgan é conhecido por sua contribuição ao desenvolvimento das ciências sociais. É autor de numerosos artigos e obras. É membro do conselho editorial de vários periódicos, conferencista e professor de Ciências da Administração na Universidade de York, em Toronto, Canadá.

Trabalho apresentado a disciplina de Teoria Geral das Organizações, como atividade complementar.

Imagens da Organização - Gareth Morgan - Resenha cap. 2 - ORGANIZAÇÕES MECANIZADAS:

 Imagens da Organização - Gareth Morgan
Resenha cap. 2 - ORGANIZAÇÕES MECANIZADAS



Gareth Morgan, no livro “Imagens da Organização”, publicado pela Editora Atlas S. A. São Paulo, em 1996, retrata no capítulo 2, sob o título “A mecanização assume o comando – As organizações vistas como máquinas”, a burocratização das organizações, a mecanização, suas origens, teorias e as conseqüências deste processo, nos convidando a uma reflexão sobre o tema.

O capítulo se inicia fazendo uso de uma metáfora, para melhor ilustrar suas ideias e perspectivas. Nela é feito o paralelo entre o trabalho artesanal de um velho chinês e outro, proposto por Tzu-gung, que era mecanizado, utilizando uma bomba d´água: percebemos que o primeiro, pela sua simplicidade, engrandece quem o faz. O outro, pelo retorno que proporciona, mostra que é economicamente mais viável.

Pergunta-se: qual dos processos estará correto? O artesanal que tem todo o brilho de uma criação, onde seu criador se enxerga e se vê engrandecido pelo resultado alcançado, porém não consegue resultados em grande escala? Ou o mecanizado? que é mais produtivo, porém o seu criador não se vê no processo, delegando as máquinas o mérito do resultado?

Sabemos que, cada processo tem seu momento de utilização e seu grau de importância. O velho chinês havia aprendido com seu professor que, ao agir como máquina transformar-se-ia numa delas e perderia a simplicidade da sua alma. Vimos isso demonstrado no filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, onde o ser humano, transformado numa engrenagem com tarefas repetitivas, passa a funcionar como tal, mesmo ao término do seu turno.

O autor relata que naquele momento histórico, início da Revolução Industrial, com a invenção da máquina se fez necessário esse ajustamento. Cremos que não tão cruel como foi feito, mas era preciso transformar artesãos em operários e isso exigiu uma divisão de tarefas, um treinamento de como operar as máquinas e algumas consequências, por vezes até danosas, se apresentaram: êxodo da comunidade rural para centros urbanos, degradação geral do ambiente e, principalmente, a agressão da racionalidade sobre o espírito humanístico, onde a ênfase estava na produção, e o ser humano era apenas parte do processo.

Os artesãos foram engolidos pelo processo produtivo em grande escala e se viram forçados a se tornarem operários, juntamente com suas famílias. Os donos das fábricas, por sua vez, viram que precisavam de muitos operários para o funcionamento das máquinas e que, precisavam treiná-los para que produzissem de forma correta e rápida, aumentando assim os lucros, mesmo que esse aumento não repercutisse nos salários dos seus empregados (mais-valia).

Morgan nos diz que, a origem da organização mecanicista remota aos tempos das construções das pirâmides, impérios, Igrejas e armadas, porém com a invenção da máquina, esse processo ficou mais enraizado. Era preciso que houvesse uma adaptação ao seu manuseio, ou seja, as suas exigências. Percebe-se que cada época teve suas teorias aplicadas de acordo com a necessidade do momento, muitas delas já existentes, porém são adaptadas ao contexto que se encontram.

Nesse contexto o autor fala que foi utilizado à divisão do trabalho, pregado pelo economista escocês Adam Smith (fundador da economia moderna) no livro “A Riqueza das Nações” em 1776. Houve também a influência do militarismo, com o exemplo de Frederico, o Grande, da Prússia quando transformou um exército em autômatos.

No capítulo também encontramos relato que Eli Whitney demonstrou publicamente, em 1801, como as armas poderiam ser montadas a partir de pilhas de partes intercambiáveis, era a produção em massa. E ainda em 1832, Charles Babbage, publicou um tratado com enfoque científico da organização e da administração e enfatizou a importância do planejamento e da divisão do trabalho.

O sociólogo alemão Max Weber, visto como o mais importante, sintetizou essas ideias vendo que, a burocratização era um fenômeno que rotiniza os processos, exatamente como as máquinas rotinizam a produção. Ele se preocupava com as conseqüências sociais que o excesso, ou disfunções da burocracia, poderiam ocasionar sobre o lado humano, corroendo seu espírito e a capacidade de ação espontânea.

Pode-se perceber que, apesar das contribuições benéficas do processo de mecanização das organizações, sempre o homem está desvirtuando-o em busca de lucros incessantes ou poder. É como comparar a dinamite inventada por Alfred Nobel, para a engenharia civil, ou o avião, de Santos Dumont, para a navegação aérea, utilizados para a guerra e a destruição em massa dos seres humanos, causando depressão em seus inventores que lhes custaram a vida.

Os teóricos clássicos, o francês Henry Fayol, o americano F. W. Mooney e o inglês Cel. Lyndall Urwick focalizaram suas atenções ao planejamento da organização total, os administradores científicos visavam ao planejamento e à administração de cargos individualizados. O autor diz que as ideias desses teóricos são reforçadas sob o disfarce de administração moderna, porque na cabeça dos planejadores está enraizado o pensamento mecanicista, e não estão conscientes de outras formas a serem utilizadas. Hoje, percebemos que muitos planejadores continuam com a mesma linha de pensamento e não enxergam que existe uma amplitude maior do que o ambiente interno da empresa.

Já na Administração Científica seu principal representante foi Taylor, também conhecido como o “maior inimigo do trabalhador”, muito criticado, com uma mente um tanto perturbada, porém provou ser um dos mais influentes. Os princípios da sua administração científica são base para o modo de trabalhar desde a primeira metade deste século e, em muitas situações, predominam até os dias de hoje. Taylor estudava a melhor forma de fazer cada tarefa, reduzindo tempo, material e esforço humano. Segundo ele, tudo o que deve ser pensado é função dos gerentes e planejadores e, tudo que deve ser feito, é função dos operários.

É demonstrado pelo autor que o aumento de produtividade tem sido atingido com frequência através de alto custo humano, reduzindo muitos trabalhadores a autômatos, como fez Frederico, o Grande, com seus soldados há mais de 150 anos. Evidenciando que Henri Ford ao estabelecer sua linha de montagem para produzir o modelo Ford-T, a rotatividade subiu 380% num ano. Esses princípios difundidos pelo Taylorismo agora são encontrados em inúmeras atividades e até mesmo em nossas vidas pessoais quando racionalizamos e dividimos as tarefas de forma a executá-las de maneira mecanicista e modelamos nossos pensamentos e ação para se conformarem com pensamentos e ideias preconcebidas.

Novamente se têm a divisão de tarefas enraizada nas organizações, porém em ambientes estáveis isso se faz altamente necessário e benéfico, levando-se em consideração os devidos ajustes para não transformar o ser humano em robô. Ambientes como Call Center, Fast Food buscam mão de obra com baixa escolaridade para suportar a rotinização dos processos, que são considerados alienantes.

A teoria clássica e a administração científica foram vendidas como “a melhor forma de organizar”, porém não é bem assim, a história prova que existem muitas falhas. É preciso levar em consideração, de forma bastante aprofundada, o papel de cada processo e a importância que esses processos têm diante do todo, ou seja, no tocante ao empregado: qual a importância dele no processo e, o que precisa ser melhorado para obter o melhor retorno para a organização e para o próprio colaborador. Ele ainda fala que modelos padronizados engessam as organizações que não são capazes de ter uma visão holística, do todo, e sim apenas fragmentada, o que compromete as tomadas de decisões.

Definir responsabilidades de maneira clara e precisa tem a vantagem de fazer com que cada um saiba aquilo que dele é esperado. Mas, isso também o faz conhecer aquilo que não é esperado dele. Herança da mecanização também é encontrada na apatia, falta de orgulho e descuido presentes no ambiente de trabalho. Nas organizações burocráticas as pessoas não são encorajadas a pensarem ou questionarem o que estão fazendo, ao contrário, são vistas como problemas quando assim o fazem. Na Ambev, segundo um estudo de caso debatido em sala de aula, por exemplo, a divisão de serviços operacionais não quer pessoas inovadoras e sim, pessoas que cumpram determinadas rotinas, para que tudo ocorra como o planejado.

Os enfoques mecanicistas da organização, tão popular, devido à sua eficiência no desempenho de certas tarefas, mas também devido a padrões de poder e controle, tão inato do ser humano, onde o sentimento de domínio do outro é tão buscado, tem muito que se modernizar. Os novos processos com base tecnológica fazem com que outros princípios organizacionais estejam assumindo uma importância crescente, como base para uma nova visão de administração nos tempos atuais.

É latente que hoje muitos setores e muitas organizações, apesar da luta operária de todos estes anos, ainda têm e praticam a mesma visão do início da Revolução Industrial, não diferenciando seus colaboradores de suas máquinas. Fayol e outros de sua época tiveram sua importância ao desenvolverem os processos de planejamento, organização, direção, coordenação e controle, porém focavam o ambiente interno.

Taylor deu uma grande contribuição e apesar das inúmeras críticas enxergamos que desenvolver tarefas de forma mais produtiva com o menor esforço físico é algo bastante inteligente e aceitável, porém como toda ideia tem dois lados, o fato de dividirem as tarefas de forma tão fragmentada fizeram com que a automação dos empregados ocorresse. O desvirtuamento de sua ideia inicial, a busca pela melhor forma, levando a mais valia é que mostra o quanto o homem é o explorador do próprio homem. Aí que encontramos o lado ruim da mecanização.

Todos os “erros” passam pela visão do lucro excessivo que as organizações tanto buscam, esquecem de ver seus operários como a parte mais importante do processo e acreditam que eles são apenas peças substituíveis. Nesses tempos modernos espera-se ter empresas que utilizem burocracias para melhor controle das tarefas, porém não se esquecendo de ter sempre uma visão holística e humanística de todo o processo. Minimizando os futuros “erros” que, com certeza, existirão e valorizar mais o quesito motivacional para os empregados que sempre que puderem escolher não aceitarão o processo mecanizado, ocasionando alta rotatividade.

Finaliza-se com uma visão de que todo processo precisa ser adaptado a realidade de cada organização, buscando sempre o melhor caminho, envolvendo empresa e empregados no desenvolvimento racional das tarefas exigidas.

Este capítulo em particular é bastante útil para estudantes de universidade em seus primeiros contatos com a administração fornecendo uma visão bem clara do que foi a mecanização e o que ela representa nos dias de hoje nas organizações, e o quanto ainda é utilizada nesses tempos modernos. É também, um verdadeiro dispositivo de pesquisa para diretores, pesquisadores e estudantes. Seu autor, Gareth Morgan é conhecido por sua contribuição ao desenvolvimento das ciências sociais. É autor de numerosos artigos e obras. É membro do conselho editorial de vários periódicos, conferencista e professor de Ciências da Administração na Universidade de York, em Toronto, Canadá.

Trabalho apresentado a disciplina de Teoria Geral das Organizações como atividade complementar

quinta-feira, 18 de março de 2010

10 inovações que mudarão os negócios

Financial Times - Folha de S. Paulo "Financial Times" mapeia tendências de consumo e de gestão diante de um cenário que concilia o pós-crise a novas tecnologias.
A CRISE econômica que se alastrou pelo mundo no fim de 2008 e causou transtornos só superados, nos últimos cem anos, pelo crash de 1929 pôs em xeque dogmas de gestão. A obsessão pelo lucro, simbolizada por empresas como o Lehman Brothers, o uso insustentável de recursos naturais, materiais e humanos e mesmo a noção de que é preciso esconder os fracassos de uma companhia mostraram-se técnicas ineficientes, quando não prejudiciais, de administração.
Paralelamente, novos comportamentos, associados a tecnologias inovadoras nas áreas financeira, energética e computacional, sinalizam transformações profundas na maneira de fazer negócios em todo o planeta.
Esses fenômenos, alguns dos quais já perceptíveis, foram mapeados por colunistas e repórteres do diário britânico "Financial Times", que nestas páginas apresentam tendências que devem se disseminar até o final da próxima década.
1 - Computação em céu aberto
Portáteis serão como supercomputadores
2 - Trabalhar por mais tempo
Aposentadoria dá lugar à gestão de empresas
3 - A geração X chega ao topo
Após crise, geração X ganha espaço
4 - Energia mais inteligente
Novas tecnologias racionalizam a geração e o uso da eletricidade
5 - A informação tem valor
Dogma do conteúdo gratuito perde força
6 - Ganhando com o fracasso
Tentativa e erro viram técnica de negócios
7 - A cobiça não é tão boa
Obsessão pelo lucro pode quebrar empresas
8 - Livrai-nos das contas
Internet agora muda a forma de lojas físicas
9 - Fazer mais com menos
Concorrência força ganho de eficiência
10 - O hedge, agora pessoal
Temidas, inovações financeiras podem estimular o crescimento
Leia tudo no link abaixo:
http://si.knowtec.com/scripts-si/VerEmailAberto?idEmailAberto=153&nomeCliente=KNOWTEC&idContato=1&__akacao=239342&__akcnt=acb7eb5b&__akvkey=9775&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Vis%E3o+do+Empreendedor+-+Edi%E7%E3o+n%BA113

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Selecionei alguns links de cursos a distância, totalmente grátis e úteis para quem quiser fazer:





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No sebrae é só se cadastrar e esperar abrir a turma, porém é preciso ficar atento ao tempo de conclusão de curso, pois geralmente é de 30 dias, dependendo da carga horária. Então concluído é só imprimir o certificado. Eles avisam tudo por email.

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JURISWAY
http://www.jurisway.org.br/v2/fimdocurso.asp?id_curso=436&tipocurso=JurisSimples&formato=
esse é sem certificação, se quiser a certificação paga uma quantia.

UNIVERSIDADE FEMININA
http://www.universidadefeminina.com/
diversos cursos interessantes para nós mulheres, tb grátis e com certificado. É mais light apenas para conhecimento, não para a vida acadêmica.

FUNDAÇÃO BRADESCO
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Infelizmente esse site não envia o certificado com nr de documento então acho que algumas instituições não aprovarão. Mas vale o conhecimento. Alguns cursos não são totalmente on line.
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SENAI
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IEL
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Célia Buarque

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Diferenças e semelhanças entre mito e filosofia

Fonte Imagem: filoparanavai.blogspot.com 


DIFERENÇAS:
O pensamento filosófico é questionador, representa uma ruptura quanto à atitude diante do saber recebido – o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona.

A filosofia problematiza, convidando a discussão

A inteligibilidade na filosofia é procurada - no mito é dada.

A filosofia rejeita o sobrenatural, recorre a argumentos – o mito cultua-o.

SEMELHANÇAS:
O pensamento filosófico nascente ainda apresenta vinculações com o mito, quando relaciona a “ordem do mundo derivada de forças opostas que se equilibram reciprocamente, e a união dos opostos explica os fenômenos meteóricos, as estações do ano, o nascimento e a morte de tudo que vive” Existe aí uma continuidade no uso comum de certas estruturas de explicação dos fenômenos.

O aparecimento da filosofia é um fato histórico enraizado no passado, ou seja, em nossas origens (mito).

A produção literária – As grandes tragédias cujo conteúdo foram retirados dos mitos, porém o destino é questionado, ainda que no final a vontade dos deuses acabe se cumprindo. Esse questionamento nos remete à filosofia.

Trabalho apresentado a disciplina de Filosofia, 2º período, como atividade avaliativa.

Paralelo entre: Mito/Ciência; magia/técnica

Paralelo entre: Mito/Ciência; magia/técnica

Mito
Fonte Imagem: passofirme.wordpress.com

O MITO é o imaginário, o ilusório, como as criaturas do nosso folclore. Serve para tranqüilizar o ser humano em um mundo assustador, cheio de coisas com as quais ele não tem o domínio nem o conhecimento. Recorrem aos deuses para explicar aquilo que eles não conseguem explicação por meio da ciência. O mito é nossa primeira leitura do mundo. O complexo de Édipo que é o desejo inconsciente (mítico) da criança pela mãe, é o desejo humano sendo expressado.

O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais). O mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade.

Muitas personalidades se transformam em mito por servirem de modelo e de realização dos anseios de uma sociedade que os relaciona com os assuntos em questão, uns de forma positiva: Pelé lembra futebol, assim como futebol lembra Pelé, por ter se tornado uma referência, um ícone, um mito da história do futebol. Outros de forma negativa: quando Hitler fez viver o mito da raça ariana, por ele considerada raça pura, o que culminou com o genocídio dos judeus, uma crueldade ímpar na história da humanidade.
Ciência
Fonte da Imagem: andersonyankee.wordpress.com

A CIÊNCIA: É o conhecimento buscado de forma objetiva através do método científico. Baseia-se na indagação da realidade, dos questionamentos, das perguntas e das respostas para determinados assuntos. A ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. A Ciência duvida do senso comum e a pesquisa é o seu instrumento para provar se aquilo é o que parece ser. Para a ciência não há verdades absolutas.

A ciência vai além das aparências, onde vemos fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e até, por vezes, refutadas. Enquanto o mito faz parte da nossa vida cotidiana, como uma das formas indispensáveis do existir humano, propondo valores puros e impuros. Não se reduzindo a simples mentira ou verdade, cabendo a nossa sabedoria através do exercício da crítica racional exercer um controle, buscando o equilíbrio entre o que é saudável ou prejudicial, para legitimar ou negar os que podem se tornar assustadores, desumanizando a nossa espécie.

A Ciência nos transporta para o que é provado, testado e com isso vai refutando ao longo do tempo nossas culturas e crenças ao nos colocar diante de novas constatações. Ela tem seu lado negro porque muitas vezes ao pesquisar uma determinada coisa descobre outra inesperada, tais como armas atômicas, biológicas etc, que tanta destruição traz para a humanidade. Porém tem seu lado positivo: quando descobre a cura para determinadas doenças, quando cria tecnologias que facilitam nossas vidas.

Tem mais ligação com a Técnica, pois alguns de seus estudos criam novas técnicas que são utilizadas no dia-a-dia do homem e tecnologias que fazem com que a humanidade em si, tenha um desenvolvimento sem precedentes. Exemplo disso é o computador que dele surgiu à grande rede, a internet, capaz de ligar o universo em um piscar de olhos. Nos reportando a Era do Conhecimento. Veloz e fugaz!
MAGIA
Fonte: antropologiadareligiaoufpe.wordpress.com

MAGIA: Segundo seus adeptos, é muitas vezes descrita como uma ciência que estuda todos os aspectos latentes do ser humano e das manifestações da natureza. Trata-se assim de uma forma de encarar a vida sob um aspecto mais elevado e espiritual. Os magos, utilizando-se de atividades místicas e de autoconhecimento, buscam a sabedoria sagrada e a elevação de potencialidades do ser humano. Está mais ligada ao mito do que a técnica.
TÉCNICA
Fonte da Imagem: www.executecomputadores.com 

TÉCNICA: É o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objetivo obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra atividade.
Estes procedimentos não excluem a criatividade como fator importante da técnica, como os conhecimentos técnicos e a capacidade de improvisação.

A técnica não é privativa do homem, pois também se manifesta na atividade de todo ser vivo e responde a uma necessidade de sobrevivência. No animal, a técnica é característica de cada espécie. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e se caracteriza por ser consciente, reflexiva, inventiva e fundamentalmente individual. O indivíduo a aprende e a faz progredir. Só os humanos são capazes de construir, com a imaginação, algo que logo podem concretizar na realidade.

Está mais ligada a ciência do que a magia, pois uma completa a outra, a ciência busca respostas, formas racionais de realização das coisas assim como a técnica também é consciente, reflexiva e busca a forma perfeita de realização das tarefas.

Enquanto a magia procura mostrar o lado místico das coisas, é um tanto difícil relacionar magia com técnica pois estão em campos distintos.

Trabalho apresentado a disciplina de Filosofia, 2º período, como atividade avaliativa.

Atendendo ao pedido de um leitor complementei o artigo:

"Mito da Técnica": "A técnica busca preservar uma aparência de liberdade e de escolha. É um mito. Na verdade, o homem participa da técnica, mas participa como se fosse uma coisa (ELLUL, 1968, p. 221). É a coisificação do homem." 
Essa falsa liberdade se dá, segundo o autor, pela forma que países mais desenvolvidos detêm a técnica e os demais vivem em estado de servidão. 
"A relação entre os países mais poderosos e os menos poderosos é de mera subordinação técnica, que não deixa de ser uma forma de servidão: a indispensável aplicação das técnicas." 
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Análise dos provérbios... ideológicos.

Análise dos provérbios... ideológicos.

Muitos provérbios tentam passar mensagens ideológicas sim, porque “em boca fechada não entra mosca” nos induz a aceitar as coisas sem questioná-las. Em “Cada um por si e Deus por Todos” induz ao egoísmo que é um sentimento menor, que desumaniza.

“Cada macaco no seu galho”, induz a individualidade quando o correto seria a integração para que haja a evolução do ser humano.

Na música Chico Buarque quer desmistificar essas ideologias, pois não é dormindo que se resolve o problema da fome... É com comida, com acesso a educação, com acesso ao trabalho para que possamos colocar comida em nossas mesas. Ao induzir a dormir o que se quer é esquecer o motivo pelo qual as pessoas passam fome.



Esperar que as coisas caíssem do céu só se for sentado, porque temos que agir para transformar nossos sonhos em realizações.

Brinque com meu fogo, venha se queimar... Quem brinca com fogo quer se queimar. Nesse caso a música tem conotação sexual.

Aja duas vezes antes de pensar... Como o provérbio aconselha que devagar se vai ao longe e quem espera sempre alcança, deve querer dizer que é preciso agir e não ficar esperando que as coisas aconteçam, estimula o indivíduo a ação que será a forma de conseguir o que ele deseja.

Devagar é que não se vai longe.... Realmente para ir longe é preciso atitude e não vai ser agindo devagar que se consegue.

Eu semeio vento... Em comparação ao provérbio ele quer dizer que semeia vento por que está disposto a colher as tempestades, numa alusão que está disposto a fazer acontecer e esperar o que suas atitudes irão lhe trazer em conseqüência.

Trabalho apresentado a disciplina de filosofia, 2º período, como atividade avaliativa.

Ideologia: mulheres devem permanecer no lar...

Ideologia: mulheres devem permanecer no lar...???

Na verdade é uma idéia machista que visa transformá-la numa pessoa apenas voltada para procriação e criação dos filhos, numa posição submissa ao Estado e a família.
Essa cultura tem sofrido grandes alterações, pois é visível que a mulher é mais que um ser feito para ser mãe, é um ser humano completo e não parte dele e que tem sua necessidade de auto-realização.

Ela pode e deve desempenhar várias funções e estar em áreas antes restritas ao universo masculino, como motorista de caminhão, motorista de trator, piloto de avião etc. É notável que o desempenho feminino por vezes torna-se mais competente do que o dos homens, pela sua característica de se ater aos detalhes e ter uma visão ampla das situações.

Muitas mulheres se destacam nas funções que exercem nas empresas e não deixaram de serem mães e esposas, apenas distribuíram melhor o tempo dedicado a cada uma delas. Por essa “ousadia” pagam um preço muito alto porque gerou um acúmulo de funções o que as sobrecarrega em virtude dessa ideologia que coloca sobre elas toda a responsabilidade de cuidar dos filhos.

Gera também um forte sentimento de culpa, pois veem as funções domésticas como um aprisionamento de sua capacidade intelectual, para algumas uma verdadeira tortura, o que as levam a procurar realizações profissionais e ao tomarem essa atitude vem o peso do sentimento de culpa a delegar a terceiros a educação e criação dos seus filhos.

É a famosa tripla jornada, ou seja, passa às oito horas dedicadas a empresa, depois ao chegar em casa têm as tarefas domésticas lhe esperando e ainda tem que ter tempo para os filhos, marido e para si mesma, pois precisa estar bem cuidada. Inúmeras obrigações e poucos direitos.

Para os filhos o melhor é serem tratados com carinho, respeito e educação. Melhor ter um local agradável e que não comprometa seu desenvolvimento, do que uma mãe em tempo integral, frustrada, estressada e sem a menor qualidade de vida para oferecer. Nesse quesito o que importa é a qualidade do tempo e não a quantidade que ela dedica a eles.

Existem mães que estão presentes de corpo e ausentes de espírito. Nos primeiros meses ou até, se possível, 5 anos é louvável a dedicação não só da mãe, mas da família, de forma intensa porque do nascimento até está idade são momentos decisivos para a gênese de sua futura personalidade.

Segundo Ramiro Sápiras, no livro “A Arte de Viver”, é neste período que são delineadas as principais características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais, pessoas próximas, objetos e meio ambiente”.

Muitas escolas já estão se adaptando a essa realidade e oferecem tempo integral para que as mulheres possam deixá-los num ambiente de educação e lazer enquanto se dedicam a profissão, nas outras horas ela cuida deles com amor e carinho, pois estão vivendo o papel delas, e não em função dos filhos que um dia irão ter sua própria trajetória e não poderão resgatar a vida que elas não viveram, as realizações que não tiveram, algo que preencherá suas vidas quando seus filhos não forem mais seus e sim do mundo. Evitando assim a síndrome do ninho vazio, que é quando os filhos saem de casa e a mãe não tem mais a quem se dedicar e sente que perdeu o sentido de suas vidas e, também,  a dependência financeira deles na velhice.

Muitos homens já têm uma visão diferente dessa ideologia e agem como parceiros, dividindo as tarefas domésticas e de criação dos filhos, por perceberem que suas esposas são seres humanos completos, cheio de sonhos e desejos que podem e devem ser estimulados, basta apenas que haja bom senso e que possam viabilizar a execução dessas inúmeras funções de maneira a trazer crescimento e benefícios para toda a família.

Trabalho apresentado a disciplina de Filosofia, no 2º período, como atividade avaliativa.

Todos nós somos resultados de nossas opções ao longo da vida

Todos nós somos resultados de nossas opções ao longo da vida a partir do momento em que nascemos e a cada minuto que se segue. Tudo marcará de forma profunda a trajetória que iremos percorrer. Precisamos, antes de mais nada, pesar bem as atitudes para termos o melhor das nossas vidas.

Estamos fazendo opções ao decidirmos desde as coisas mais simples, como por exemplo: que roupa usar, qual objeto comprar, etc. até as mais complexas: quando casar ou não casar, ter ou não filhos, qual profissão seguir e tantas outras ao longo do tempo.

E são essas escolhas que definirão o norte das nossas vidas. Somos reféns de cada uma delas, porém o lado bom é que podemos mudar a direção quando os ventos não soprarem de acordo com o esperado.

Esta prerrogativa nem sempre é tão fácil, existem inúmeros empecilhos que irão complicar e, então, teremos que usar de nossa garra e determinação se quisermos vencer os ventos contrários, que às vezes transformam-se em furacões.

Esse poder de mudar, de escolher, de re-organizar nossas vidas é chamado pela Bíblia de Livre Arbítrio e cada um de nós poderá usá-lo como melhor nos aprouver, de acordo com nossas convicções e crenças, tentando assim minimizar os efeitos que os erros causam em nossas vidas, afetando o que chamamos de felicidade. Podemos escolher o que plantar, mas a colheita é certa (provérbio chinês), ou seja, os frutos daquilo que plantamos seremos obrigados a colher.

Ao fazermos escolhas estamos renunciando a algo que poderia ser, ou não, melhor para nós. Esse questionamento é feito por milhões de pessoas a cada dia, basta que não estejamos satisfeitos com nossa atuação que paramos para questionar: terá sido aquela a melhor escolha?... “Ser ou não ser, eis a questão”.

Trabalho apresentado a disciplina de Português Instrumental, 1º período, como atividade avaliativa.

Filosofia na administração

A filosofia influenciou o surgimento da administração quando racionalizava os direitos do homem e sua liberdade.

Tendo o poder de alterar padrões de vida social de todos os povos, pela sua influência em todas as áreas e ciências.

Como a administração precisa de regulamentos e normas recorre a filosofia para elaborá-los levando em consideração o ser humano, sua capacidade de superar obstáculos, de buscar na visão de mundo dos envolvidos no processo mecanismos de construção do senso crítico.

Como as organizações passaram a serem vistas no enfoque do pensamento sistêmico, a filosofia contribui para a análise dessas interrelações do ser humano com a empresa e o meio em que ela está inserida.

A administração é uma ciência objetiva, voltada para os direitos constituídos dos indívíduos. Enquanto o homem evoluia economicamene perdendo sua liberdade individual e passando a se comprometer com a liberdade social, era necessário equilibrar esses valores tendo em vista essa nova forma de interação social.

A filosofia é o suporte da administração que antes apenas estava voltada a burocracia e tecnocracia (palavras de origem grega, que estão ligadas a trabalhos exercidos e estado), hoje adota outras medidas para executar os objetivos das organizações, abrindo novas formas de ver o mundo, que tem como primordial exercer o espírito crítico e entender o verdadeiro sentido da vida para diminuir a atenção ao campo material.

Isto significa dizer que a filosofia ajuda a administração a humanizar o trabalho, levando a administração enxergar as organizações e suas complexidades como um todo e também suas partes, e a interação entre elas.

Trabalho apresentado no 2º período à disciplina de Filosofia como atividade avaliativa.

resenha do filme "Nós que aqui estamos por vós esperamos"


O documentário "Nós que aqui estamos por vós esperamos!", http://www.youtube.com/watch?v=Lwl_CdjW3sw, de Marcelo Masagão, produzido em 1998 e exibido no Brasil a partir de 1999, nos traz uma retrospectiva do Século XX, onde a composição das inúmeras imagens apresentadas nos leva a refletir sobre as atitudes, as evoluções tecnológicas e a destruição do homem pelo homem.

Grandes personagens desfilam a nossa frente, muito deles foram cruéis como Hitler, Mussolini, Pol Pot, Pinochet, Mao, Stalin, Médici, se opõem a Ghandi, Picasso, Freud, Lennon, Nijinski, Josephine Baker, Garrincha e Fred Astaire, e tantos outros anônimos que também fizeram parte desse cenário.

A Revolução Industrial chega trazendo enormes transformações: boas e ruins. Produtos de consumo sendo fabricados em larga escala, energia elétrica, telefones, etc porém o homem foi tratado como uma engrenagem a mais, foi robotizado, alienado e até exterminado por crenças e conceitos irracionais.

O instinto destruidor do ser humano pareceu bem arraigado nesse século, como demonstra as imagens: guerras, campos de extermínios e tantas outras. A banalização da morte e a perda da qualidade de vida ficam grifadas com um tom vermelho de sangue, nos envergonhando pela crueldade a que podemos chegar.

Mostra também evoluções, como a independência feminina ao longo do tempo. Apesar de chocar na época, o controle da natalidade foi um avanço que se perpetuou. Queimaram sutiãs para romper com as amarras da sua liberdade. Fumavam, bebiam (não que isso configure uma atitude sensata) apenas como quebra de tabus. Trabalhavam fora, enfim, estavam em situações antes improváveis pela sua condição de mulher. Algumas mulheres destacaram-se, por exemplo, Coco Chanel, um ícone da moda mundial.

A queda do muro de Berlim, a corrida a Serra Pelada, a queda da Bolsa de Nova York trazendo fome, desemprego: CRISE. Diplomas não tinham valor, o que foi representado pela imagem de um engenheiro vendendo maçã na rua, de terno e gravata, para sobreviver.

Seres humanos que trocaram sonhos pela destruição da guerra, ao se casarem às pressas e irem um, ao campo de batalha enquanto a outra produzia munição para alimentá-los.

O mais constrangedor é que as cenas cruéis são todas reais, o que nos dá a visão de um século sangrento. Nesse momento lembrei-me da frase de Al Pacino, no filme "O Advogado do diabo", onde ele interpreta Milto (o diabo) e diz: "Não resta dúvida que o Século XX foi meu, todo meu..."

Espero que o documentário do Século XXI num tempo futuro, outros personagens anônimos como eu, possa ver que aprendemos com os erros do passado e evoluímos em nossos acertos, para que a resenha seja um pouco mais coberta de paz e humanidade.

Trabalho apresentado no primeiro périodo (junho/2009) à disciplina de Metodologia Científica, como atividade avaliativa.

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