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terça-feira, 29 de março de 2011

Adeus a José de Alencar

Morre um grande guerreiro.

Força e fé é o que transmitia esse Senhor, que lutou por 13 longos anos.

http://veja.abril.com.br/blog/acervo-digital/brasil/nas-paginas-de-veja-a-luta-de-alencar-contra-o-cancer/  
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. (2 timóteo, 4,7)

O que nos deixa de mensagem:
Que não se pode desistir jamais. Que os obstáculos são para serem vencidos.

Senti sua morte como se fosse de um amigo, pois acompanhei sua luta por meio da imprensa e hoje, por meio dela, soube de seu falecimento. Mas, creio eu, que já era hora dele descançar. Deus tem um propósito para tudo nesse mundo. Chegou a hora do guerreiro dormir em paz! Que os anjos te guiem para junto do seu criador. Amém!



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Meus Medos Contemporâneos

Lendo o livro "Cartas entre Amigos" de Pe. Fábio de Melo e Gabriel Chalita resolvi listar meus medos contemporâneos e gostaria de saber quais os medos das pessoas que passarem por aqui. Se quiser deixe seu comentário, essa troca de idéias é muito interessante, pois o universo de cada um é uma grande surpresa.

Medo da Morte
Não tenho medo da morte, nem dos mortos (tenho medo dos vivos) e da morte daqueles a quem amo.

Medo da Solidão
Esse é meu maior pesadelo. A possibilidade de me sentir só me assusta acho que é reflexo da perda do meu pai aos 3 anos. Necessito de pessoas que façam com que eu me sinta viva. Gosto do contato, de ouvir e ser ouvida, de olhar nos olhos e tentar enxergar a alma de cada um, a essência.

Medo do Fracasso
Se tivesse medo do fracasso já teria morrido, tantas vezes fracassei quando pensava está conseguindo, tantas vezes morri na praia depois de tanto nadar, que perdi as contas. Fracasso é uma questão de ponto de vista, para mim são montanhas a serem vencidas. Resultado de tentativas que poderiam ter dado certo, mas enfim, não rolou naquela hora, eu tentei!

Medo da Inveja
Realmente disso ninguém escapa. Tão melhor seria tentar superar os outros ao invés de tentar derrubá-los. Cresci ouvindo pessoas invejosas que me olham atravessado por não conseguirem ir além do que eu sou, mesmo sendo eu um ser extremamente simples que procura ver as cores da vida e não o cinza. Sempre tento fazer o melhor, se consigo? bem, aí  é outra história, pelo menos tento. Essas pessoas invejosas não conseguem se valorizar e, então, passam a se ocupar em derrubar os outros ao invés de construir sua própria vida, tanto a ser feito por eles e perdem esse tempo com os outros. O inimigo do Bom é o Melhor, porque não tentar mudar o verbo desdenhar/invejar pelo verbo igualar/superar.

Medo do Envelhecimento
Esse é cruel para nós mulheres. Queria morrer aos 50 anos para não ver a ladeira descendo, enfim era esse o meu pensamento mas agora que os 50 se aproximam quero ir até onde a lucidez permitir, se essa for a vontade do meu Criador. Só peço a Ele que não me deixe sofrendo aqui na terra em total dependência, seria terrível para o meu espírito tão inquieto fica inerte e dependente.

Medo das Paixões
Bom essa é difícil. Comecei a namorar meu atual marido quando tinha 16 anos e estamos casados até hoje, isso conta 29 anos de convívio, sendo que 23 anos de casada, muitas alegrias, tempo de fartura e nem tanto, tempo de brigas e reconciliações, tudo como um casal normal. Acho que paixão é algo que se transforma em amor, companheirismo, necessidade da pessoa amada. Não sei como seria minha vida sem ele apesar de nossas divergências, ele é óleo e eu sou água, ele é terra e eu sou céu. Segundo ele eu não passei na fila da Razão quando nasci, fui duas vezes na da Emoção, mas é pura intriga, eu me acho racional demais, porém concordo que emoção ocupa um bom espaço.


Medo da falta de sentido na vida
Por esse medo já passei várias vezes. Isso ocorre sempre que eu quero ir por um caminho e a vida me leva para outro. Ficar em casa, sem fazer nada que preencha o espírito, é um fator que me deixa sem sentido de existência. Querer que eu me limite a ser uma "dona de casa" é muito redutor para mim. Mas, ninguém me obrigou a fazer isso, a vida me levou para esse caminho quando fiz outras escolhas. Ter filhos para mim é uma felicidade indescritível, lembro da gravidez, do nascimento (nunca me senti mais feliz do que quando tive um filho pela primeira vez nos braços, acho que por isso repeti 3 vezes, rsrs) mas ter que ficar em casa cuidando deles é um preço muito alto, porém no momento tem que ser assim (nessas horas só com dinheiro se resolve, infelizmente), mas eles estão crescendo e menos dependentes, aí poderei realizar os meus sonhos.

Outro medo que não está listado no livro:

Medo da Maldade Humana
O prazer mórbido de ferir o outro, de diversas formas, não só fisicamente. Os requintes de crueldade, a falsa ilusão de poder que emana da força. Onde estava a força dos traficantes ao serem presos (se esconderam atrás de geladeiras, borraram as calças - Cadê o poder?).
Falsa porque é transitória e diminui mais o agressor do que o agredido. A maldade que é feita com o próximo retorna para seu ponto de partida. É a lei do universo. Causa e Efeito. Acredito que tudo está intrinsecamente ligado, afinal segundo um físico  (física quântica), que não recordo o nome agora, somos energia e não matéria (há controvérsias) e aquilo que atraímos para nós já está feito no universo. É uma questão de escolha se você quer energia boa ou ruim. Se ele está certo? quem vai saber?
Eu acredito no poder do pensamento positivo e do poder de nossas escolhas, porém muitas vezes somos atingidos pelas escolhas dos outros.
O Antigo Testamento (não gostava de ler) traz muita punição, muita desgraça, um Deus vingativo que exigia holocausto.
Muito diferente do Deus em quem eu acredito, porém não sei se li ou ouvi alguém dizer (minha cabeça está tão cheia de informações ultimamente que as idéias estão embaralhadas - preciso descansar um pouco, meditar para colocar as idéias em ordem) que os holocaustos que existiam no Antigo Testamento serviam para que as pessoas percebessem que seus erros atingiam um inocente, ou melhor, um inocente pagava pelos seus erros.
Mas a espécie humana prefere, sempre, interpretar de forma mais prazerosa para si e comete erros e depois sacrifica alguma coisa ou alguém para se redimir, e aí, qual a lição? Deus precisou mandar seu filho amado para que fosse o último sacrifício de um inocente, quem sabe assim a humanidade compreendesse a mensagem. E, então? será que compreendemos?


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

resenha do filme "Nós que aqui estamos por vós esperamos"


O documentário "Nós que aqui estamos por vós esperamos!", http://www.youtube.com/watch?v=Lwl_CdjW3sw, de Marcelo Masagão, produzido em 1998 e exibido no Brasil a partir de 1999, nos traz uma retrospectiva do Século XX, onde a composição das inúmeras imagens apresentadas nos leva a refletir sobre as atitudes, as evoluções tecnológicas e a destruição do homem pelo homem.

Grandes personagens desfilam a nossa frente, muito deles foram cruéis como Hitler, Mussolini, Pol Pot, Pinochet, Mao, Stalin, Médici, se opõem a Ghandi, Picasso, Freud, Lennon, Nijinski, Josephine Baker, Garrincha e Fred Astaire, e tantos outros anônimos que também fizeram parte desse cenário.

A Revolução Industrial chega trazendo enormes transformações: boas e ruins. Produtos de consumo sendo fabricados em larga escala, energia elétrica, telefones, etc porém o homem foi tratado como uma engrenagem a mais, foi robotizado, alienado e até exterminado por crenças e conceitos irracionais.

O instinto destruidor do ser humano pareceu bem arraigado nesse século, como demonstra as imagens: guerras, campos de extermínios e tantas outras. A banalização da morte e a perda da qualidade de vida ficam grifadas com um tom vermelho de sangue, nos envergonhando pela crueldade a que podemos chegar.

Mostra também evoluções, como a independência feminina ao longo do tempo. Apesar de chocar na época, o controle da natalidade foi um avanço que se perpetuou. Queimaram sutiãs para romper com as amarras da sua liberdade. Fumavam, bebiam (não que isso configure uma atitude sensata) apenas como quebra de tabus. Trabalhavam fora, enfim, estavam em situações antes improváveis pela sua condição de mulher. Algumas mulheres destacaram-se, por exemplo, Coco Chanel, um ícone da moda mundial.

A queda do muro de Berlim, a corrida a Serra Pelada, a queda da Bolsa de Nova York trazendo fome, desemprego: CRISE. Diplomas não tinham valor, o que foi representado pela imagem de um engenheiro vendendo maçã na rua, de terno e gravata, para sobreviver.

Seres humanos que trocaram sonhos pela destruição da guerra, ao se casarem às pressas e irem um, ao campo de batalha enquanto a outra produzia munição para alimentá-los.

O mais constrangedor é que as cenas cruéis são todas reais, o que nos dá a visão de um século sangrento. Nesse momento lembrei-me da frase de Al Pacino, no filme "O Advogado do diabo", onde ele interpreta Milto (o diabo) e diz: "Não resta dúvida que o Século XX foi meu, todo meu..."

Espero que o documentário do Século XXI num tempo futuro, outros personagens anônimos como eu, possa ver que aprendemos com os erros do passado e evoluímos em nossos acertos, para que a resenha seja um pouco mais coberta de paz e humanidade.

Trabalho apresentado no primeiro périodo (junho/2009) à disciplina de Metodologia Científica, como atividade avaliativa.

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