segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ideologia: mulheres devem permanecer no lar...

Ideologia: mulheres devem permanecer no lar...???

Na verdade é uma idéia machista que visa transformá-la numa pessoa apenas voltada para procriação e criação dos filhos, numa posição submissa ao Estado e a família.
Essa cultura tem sofrido grandes alterações, pois é visível que a mulher é mais que um ser feito para ser mãe, é um ser humano completo e não parte dele e que tem sua necessidade de auto-realização.

Ela pode e deve desempenhar várias funções e estar em áreas antes restritas ao universo masculino, como motorista de caminhão, motorista de trator, piloto de avião etc. É notável que o desempenho feminino por vezes torna-se mais competente do que o dos homens, pela sua característica de se ater aos detalhes e ter uma visão ampla das situações.

Muitas mulheres se destacam nas funções que exercem nas empresas e não deixaram de serem mães e esposas, apenas distribuíram melhor o tempo dedicado a cada uma delas. Por essa “ousadia” pagam um preço muito alto porque gerou um acúmulo de funções o que as sobrecarrega em virtude dessa ideologia que coloca sobre elas toda a responsabilidade de cuidar dos filhos.

Gera também um forte sentimento de culpa, pois veem as funções domésticas como um aprisionamento de sua capacidade intelectual, para algumas uma verdadeira tortura, o que as levam a procurar realizações profissionais e ao tomarem essa atitude vem o peso do sentimento de culpa a delegar a terceiros a educação e criação dos seus filhos.

É a famosa tripla jornada, ou seja, passa às oito horas dedicadas a empresa, depois ao chegar em casa têm as tarefas domésticas lhe esperando e ainda tem que ter tempo para os filhos, marido e para si mesma, pois precisa estar bem cuidada. Inúmeras obrigações e poucos direitos.

Para os filhos o melhor é serem tratados com carinho, respeito e educação. Melhor ter um local agradável e que não comprometa seu desenvolvimento, do que uma mãe em tempo integral, frustrada, estressada e sem a menor qualidade de vida para oferecer. Nesse quesito o que importa é a qualidade do tempo e não a quantidade que ela dedica a eles.

Existem mães que estão presentes de corpo e ausentes de espírito. Nos primeiros meses ou até, se possível, 5 anos é louvável a dedicação não só da mãe, mas da família, de forma intensa porque do nascimento até está idade são momentos decisivos para a gênese de sua futura personalidade.

Segundo Ramiro Sápiras, no livro “A Arte de Viver”, é neste período que são delineadas as principais características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais, pessoas próximas, objetos e meio ambiente”.

Muitas escolas já estão se adaptando a essa realidade e oferecem tempo integral para que as mulheres possam deixá-los num ambiente de educação e lazer enquanto se dedicam a profissão, nas outras horas ela cuida deles com amor e carinho, pois estão vivendo o papel delas, e não em função dos filhos que um dia irão ter sua própria trajetória e não poderão resgatar a vida que elas não viveram, as realizações que não tiveram, algo que preencherá suas vidas quando seus filhos não forem mais seus e sim do mundo. Evitando assim a síndrome do ninho vazio, que é quando os filhos saem de casa e a mãe não tem mais a quem se dedicar e sente que perdeu o sentido de suas vidas e, também,  a dependência financeira deles na velhice.

Muitos homens já têm uma visão diferente dessa ideologia e agem como parceiros, dividindo as tarefas domésticas e de criação dos filhos, por perceberem que suas esposas são seres humanos completos, cheio de sonhos e desejos que podem e devem ser estimulados, basta apenas que haja bom senso e que possam viabilizar a execução dessas inúmeras funções de maneira a trazer crescimento e benefícios para toda a família.

Trabalho apresentado a disciplina de Filosofia, no 2º período, como atividade avaliativa.

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