terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eis que o impossível não existe para Deus

Eis que o impossível não existe para Deus

Esta história acompanhei e posso testemunhar que vi uma jovem "linda" não só fisicamente, mas que dela emana uma força que não pode ter outro nome: Deus! 

Uma vencedora que hoje é mãe de Marina, outro milagre. Já que diziam que Débora não poderia ser mãe. Só esqueceram de perguntar para Deus se isto era verdade. 

Impossível: uma palavra que consta apenas no dicionário dos seres humanos que não creêm em Deus.






Coloquei esse título porque tem tudo a ver com esse novo projeto de vida e, de fato, entrar nas memórias de minha alma é um grande desafio a entrar no mar que enterrei memórias. Aqui eu irei, não só me expor, como também reviver fatos que mudaram a minha vida, mas que, para isso, doeu muito. "Dor" é a palavra associada a esta doença, porém não há águas tranqüilas sem antes passar pelo vale da sombra da morte. Diria, então, que "a água tem mais importância quando se está com sede no deserto". Sem a sede a água teria pouca significância, quando relacionada a matar a sede.


Bem! Deixando de filosofar, a verdade é que não será nada fácil entrar nesse mar novamente e desenterrar este tesouro. Mas, como não vale a pena sofrer se não for para compartilhar com a finalidade de ajudar o próximo que está passando pelo mesmo deserto, eis aqui o meu livro-reportagem relatando o ano em que vivi as minhas mais fortes emoções.


Do diagnóstico a cura, das lágrimas de dor as de sorriso, das perdas e ganhos e da luta para exercitar a fé em que toda esta história me proporcionou.
Seja bem vindo e espero que você também seja curado de você mesmo!


Débora Buarque Moura



Acompanhe a históra de Débora Há vida no câncer (minha linda sobrinha postiça - é sobrinha realmente do meu marido, mas a amo como se fosse legítima) e sinta a força que emana de uma FÉ INCONDICIONAL em nosso Pai Eterno. 

Busque nela a força que você pode achar que não tem para superar dificuldades que a vida impõe a todos nós. A força está aí, dentro de você, chame-a pelo nome que quiser, não importa, apenas creia Nele.





quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Não tenha medo da solidão!


Não tenha medo da solidão! Tenha medo, sim de destruir as muitas e boas companhias que Deus pôs em seu caminho. 

Tenha medo de ferir o coração de algum amigo, ou das pessoas que fazem o cotidiano da vida ao seu lado. 

Tenha medo de não respeitar hoje ás dores alheias, as dores sagradas de quem passa por perto de você, procurando braços acolhedores e coração amigo que saiba ouvir. 

duplald.blogspot.com


Tenha medo de não ser receptivo a quem lhe vem confessar uma saudade, um temor e uma necessidade. 

Tenha medo de não ser Cirineu, de negar-se a ajudar alguém a carregar a cruz. 

Tenha medo de não enxugar uma lágrima, ou quantas lágrimas, seja possível, no rosto de alguém que pede sua companhia. 

Tenha medo de não partilhar de sua felicidade com alguém que há muito tempo não sorri. 

Tenha medo de não ser capaz de perdoar a alguém que o tenha ferido e volta lhe pedindo perdão. 

Tenha medo de que seu orgulho ferido possa ser maior que você. Não perca tempo temendo a solidão. 

Ganhe tempo construindo laços, conquistando amigos e multiplicando atitudes que geram união. Só quem tem a coragem de gerar a união. Pode escapar ao medo de sofrer a solidão.

Desconheço o autor... Mas com certeza é alguém muito iluminado!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

VOCE S/A - Trainee aos 30

Trainee aos 30

As grandes empresas vêm ampliando a idade de corte dos programas de trainee em busca de candidatos mais maduros

Vanessa Vieira  08/04/2011

O administrador Rodrigo Arruda foi contratado neste ano pela área de supervisão de produtos e serviços financeiros do Grupo Ale, de combustíveis. Ele é egresso do programa de trainees da empresa, no qual foi considerado um dos melhores da turma. Esta seria uma história comum, não fosse um detalhe.

Rodrigo foi selecionado como trainee aos 33 anos de idade. "Fiquei muito surpreso quando fui convocado para a dinâmica de grupo. Eu achava que seria considerado completamente fora do perfil", diz. De fato, há alguns anos, casos como este seriam difíceis de imaginar, e até impossíveis. A idade de corte dos programas de trainee não costuma ultrapassar os 24 anos. As exceções eram os candidatos de 25 e 26 anos com histórico acadêmico e pessoal acima da média.

A missão básica dos trainees é oxigenar o negócio com novas ideias e ganhar musculatura na companhia para suceder os líderes mais velhos. O problema é que, ao fim do programa, percebia-se com frequência que os candidatos ainda não tinham vivência suficiente para encarar as posições gerenciais. Diante desse quadro, foi preciso promover mudanças.

A primeira foi não condicionar a participação do trainee à obtenção de um posto de gerente. Agora, o mais comum é que os jovens passem antes pelo posto de analista ou supervisor para ganhar experiência. A segunda modificação foi ampliar a idade dos recrutados no início do processo, para conseguir candidatos mais maduros e prontos a assumir responsabilidades maiores.

Esse movimento começou há dois anos. Hoje, as consultorias estimam que pelo menos 30% dos programas de trainee disponíveis no mercado selecionem pessoas com idade superior a 26 anos. O grupo Ale foi um dos que trilharam esse caminho. Dos 12 candidatos selecionados para seu programa de trainee de 2009, nove tinham idade superior a 26 anos.

Satisfeito com os resultados, o gerente de RH da companhia, Vladimir Barros, conta que 80% dos egressos do trainee foram considerados aptos a assumir postos de liderança. As companhias que mais têm ampliado a faixa de idade para o recrutamento são construtoras, empresas de engenharia e usinas de álcool e açúcar, que precisam de colaboradores com disposição para se mudar para localidades distantes, como países do Oriente Médio, ou para cidades do interior do Brasil.

"Sem maturidade e segurança, o candidato não consegue permanecer no posto, no qual, provavelmente, ainda precisará enfrentar a responsabilidade de liderar as equipes longe da supervisão direta da matriz", diz Renata Schmidt, diretora da consultoria Foco Talentos. O engenheiro mecânico gaúcho Luciano Lahorgue iniciou em janeiro o programa Jovens Engenheiros, da Usiminas.

Com 31 anos, ele foi um dos beneficiados por essa mudança de mentalidade na seleção de trainees. Antes de ser recrutado pela Usiminas, já havia participado de 15 outras seleções desse tipo e sempre era barra barrado nas primeiras etapas.

"Era muito frustrante, porque eu via que tinha as qualidades que estavam buscando e sempre me respondiam que eu não me adequava ao perfil, sem especificar o motivo", diz. O engenheiro acredita que só conseguiu a vaga de trainee porque a Usiminas colocou em primeiro lugar, como critério de seleção, o grau de adequação aos valores da companhia, e não a idade.

Diante do pesado investimento feito nos candidatos, o prejuízo é grande se o trainee não permanece na companhia. Nas empresas onde se ampliou a idade de corte dos selecionados, o turnover (rotatividade) foi reduzido a quase zero. "A adesão costuma ser maior porque essas pessoas já tiveram outras experiências e algum contato com o mundo corporativo.

Elas não vêm para experimentar — já se provaram e sabem o que estão buscando", diz Mariângela Cifelli, gerente da consultoria Page Talent, de São Paulo. Mesmo as empresas que não optaram por simplesmente aumentar a idade dos trainees têm criado alternativas de programas para candidatos um pouco mais maduros.

Eles são chamados de Jovens Talentos, Trainee Executivo ou Programa de Formação Gerencial. Se você tem mais de 26 anos e gostaria de ter uma experiência do gênero, suas chances aumentam. "Eles costumam ser voltados para pessoas com pós-graduação e experiência anterior e preenchem a necessidade das organizações de formar jovens gerentes", explica Mariângela.

Na Oi, a solução encontrada foi desenvolver três programas de trainee, cada um voltado para uma faixa etária. No Trainee Recém Formado, a idade média é de 24 anos. No Trainee Expert, é de 26 anos, e o candidato deve ter de um a três anos de formado e graduação na área de exatas, para atuar nos setores de tecnologia da companhia. Já no Trainee Executivo, a idade média é de 28 anos, o candidato deve ter de três a cinco anos de formado e experiência anterior em liderança e gestão. "No grupo dos trainees Expert e Executivo, 85% têm mais de 26 anos.

O benefício de selecionar candidatos mais velhos traduz-se em trazer pessoas que têm uma bagagem mais consistente, com experiência do mundo corporativo, visão de negócio e maturidade pessoal", diz Patricia Quirico, diretora de desenvolvimento da Oi. Para Rodrigo Arruda, apresentado no princípio desta reportagem, a seleção de trainees mais velhos ajuda a quebrar estereótipos e preconceitos.

"Julgando só pela minha aparência, é difícil alguém saber que tenho 33 anos. A idade não atrapalhou em nada meu desempenho durante o programa de trainee", avalia. Em sua opinião, a experiência de vida e o passado profissional contaram positivamente na relação com os gestores. "Eu sentia que também podia oferecer algo. Houve uma troca maior e mais rica", diz.

Fonte: Você S/A

Célia Buarque: é o que eu digo e repito, perfis devem valorizar a capacidade e não as limitações que são impostas. Muitas empresas já estão mudando essa visão errônea de julgar incapaz que tem mais idade. Parem de estereotipar os seres humanos, cada um têm seu diferencial, seu valor e não pode ser enxergado à luz do preconceito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um almoço em família: A saga da família Buarque

O que era para ser um almoço "normal" em família se transformou numa saga:

Na noite anterior foi feito um verdadeiro "plebiscito" para escolher o restaurante. Depois de muitas sugestões, escolheu-se um (não vou citar o nome pq foi o desastre na terra - não aceita cartão de crédito, cartão de débito e nem tinha o que dizia o cardápio... estava praticamente vazio quando chegamos, o que logo ficou bem esclarecido...rsrs). Enquanto esperávamos a turma toda chegar Paulinho já adiantou um caldo de camarão e Gabriel (despachado como sempre) já encomendou, diretamente ao garçom, um refrigerante, pensando que projeto de gente, já é gente.


Os meus sogros tadinhos sempre almoçam por volta das 12:30 / 12:40 no máximo já eram mais de 13:00 e resolvemos ir em busca de outro lugar (Camarões, o prédio novo que estava saindo gente pelo ladrão. Eu entrei logo e fui atender Gabriel que estava  "apertado" e não vi o drama, mas minha sogra ficou muito nervosa por causa da mutidão que já estava na nossa frente, ou será que já era a fome??? bem não sei, estávamos todos AZUIS de fome. Éramos por volta de 17 pessoas o que não seria fácil conseguir uma big mesa).

Já estávamos pensando em ir para casa fazer um big "que nojo" para todo mundo já que a hora avançada e o número de pessoas era um grande complicador. Tadinha de mim, meu estômago não digere esses "que  nojos" da vida.

Quando cheguei de volta ao fusuê, com Gabriel já aliviado, soube que iríamos para outro restaurante e ficamos esperando trazerem os carros... Gabriel, que de anjo só tem o nome, pegou um copinho descartável para tomar uma água disponibilizada na entrada do restaurante, só que "detalhe" era um alambique e tinha cachaça. Eu vi antes e ele não chegou a beber, mas fez uma careta enorme com o cheiro.

Fomos para a Tábua de Carne, na via costeira, lotado mais nem tanto. Foi feito a solicitação e ficamos ROXOS de fome...inclusive meus sogros e as crianças. Até que uma mesa pequena vagou e foi providenciada para os mais velhos, (kkkkkk ainda não estou nessa lista, ainda bem) e ficamos esperando a complementação da mesa... aí chega @AndreBuarque fazendo mágica com o cartão de crédito para Gabriel, e outros que estavam lá, quando Sérgio (pai de André) perguntou pela maquininha (não zoe por que eu esqueci o nome dela) referente a reserva... aí ele, o André, disse que a big mesa já estava pronta e que tinha ido nos chamar.... porém, pasmem, a fome afetou o cérebro dele, será????? ficou fazendo mágica e esqueceu de nos avisar... Dizem as más línguas que esse é o estado "normal" dele... imagine! Nessa altura já estávamos PRETOS de fome.




Resultado: saímos mais de 15:00 horas do almoço, mas nos divertimos bastante e temos essa aventura para contar: um simples almoço pode se transformar em uma "via crucis"..... foi hilário!

@AndréBuarque você como mágico é um ótimo comediante. Direito de defesa em aberto, pode enviar sua versão dessa saga...resrs, e a dos outros tb.

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Segredo: já fiz minha lista, confira abaixo (2012)


Começar o dia agradecendo ao criador.

Já agradeci a Deus por tudo o que tenho e listei as coisas que ainda quero ter... tirando o sonho de ser uma Excelente Gestora, os demais são apenas mimos que eu conquistarei como presentes, pelo meu esforço e dedicação a tudo o que faço.


Adoro ganhar presentes e, melhor ainda, me dar presentes.

O Segredo: já fiz minha lista, confira abaixo.

O catálogo das coisas que eu quero que o universo me traga, ou me leve até eles. Sei lá, indo ou vindo, o importante é conquistar. O poder do pensamento positivo...não focar em coisas que você não quer, e sim, em coisas que você quer... no momento falta realização profissional.

Coloquei os melhores que encontrei na net, mas o que vale é o poder de sonhar e de conquistar cada coisa, mesmo que não seja uma ferrari, mas que possa me levar aonde minhas asas querem ir. Melhor um avião???? (alusão ao livro O Segredo).

1. Pedir (Amor, Saúde, Sucesso, Realização profissional, Esperança...)
2. Acreditar
3. Receber



Ferrari F430 Spider
Mãe e EXECUTIVA.
Mãe já sou e bem repetido (3 vezes) agora só falta ser A EXECUTIVA.

 Deus no comando!


Este já foi realizado... tudo de bom. Ganhei de Papai Noel, 2011.

Brincos dos sonhos.... quanto mais, melhor. Amo brincos! sempre estou ganhando algum.

Colar dos sonhos...este e muitos outros.
perfume dos sonhos... não necessariamente este. Sou alérgica aí é um problema, tenho que  testar antes.

Conhecer a Grécia e outros países cuja história me fascina.
Babá perfeita ou escola para meus tesouros,
enquanto eu sou Executiva, claro.
lindos sapatos...e roupas... Não consigo guardar, tenho que usar.
Compro e já imagino onde vou estrear.
Ter sempre motivos para ser feliz...
nem que seja apenas o nascer de um novo dia.


Agradecer à Deus pelas conquistas alcançadas no dia que termina

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quase de Férias

CONTAGEM REGRESSIVA PARA FÉRIAS


Quando eu entrar de férias, já estou quase, não vou querer saber de nada que faço "normalmente"... preciso realmente de UM TEMPO PARA MIM.


Rico tem depressão... pobre tem frescura. Se fosse rica iria para Nova York ou Europa... fico aqui mesmo, nem vai dar para viajar, mas o que eu preciso é só FICAR À TOA.


Quem sabe aproveite a turbinada da @cabotelecom e viaje on line para meus lugares preferidos: Veneza e Grécia (eitá tá quebrada???)


Ainda bem que só tenho "frescura" pq dá e passa. Rsrsrs


patadeelefante.com.br


Nada que um bom cappucchino com pão de queijo mineiro não cure.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

MULHERES GUERREIRAS: Cora Coralina.

MULHERES GUERREIRAS

Cora Coralina, iniciou sua carreira de escritora aos 76 anos. Muitos devem pensar que era impossível.


Cora Coralina - Fonte: paralerepensar.com.br


Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, publicou seu primeiro livro aos 76 anos de idade.

Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.


Fonte: wikipédia


Segundo Gabriel Chalita: Cora Coralina superou todas as adversidades, e não foram poucas, e "rezou a saga da mulher vitoriosa", em seu livro Cartas entre Amigos. Ediouro, 2009, pg. 14.


Transcrevo aqui DUAS de suas poesias:


"Ajuntei todas as pedras
que vieram sobre mim.

Levantei uma escada muito alta
e no alto subi.

Teci um tapete floreado
e no sonho me perdi.



Uma estrada,
um leito,
uma casa,

um companheiro.
Tudo de pedra.


Entre pedras
cresceu a minha poesia.
Minha vida...
Quebrando pedras
e plantando flores.

Entre pedras que me esmagavam

levantei a pedra rude
dos meus versos."


Do livro Cartas entre amigos.



Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.


Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.


Junto a estas decorreram
a minha infância e adolescência.


Aos meus anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania
que se azulava na distância
longínqua.


Numa ânsia de vida eu abria
O vôo nas asas impossíveis
do sonho.


Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia caída e a república
que se instalava.


Todo o ranço do passado era presente.
A brutalidade, a incompreensão, a ignorância, o carrancismo.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez,
Os adultos eram sádicos
aplicavam castigos humilhantes. 


Tive uma velha mestra que já
havia ensinado uma geração
antes da minha.
Os métodos de ensino eram
antiquados e aprendi as letras
em livros superados de que
ninguém mais fala.


Nunca os algarismos me
entraram no entendimento.
De certo pela pobreza que marcaria
Para sempre minha vida.
Precisei pouco dos números.


Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
não escrevo jamais de forma
consciente e racionada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.


Nasci para escrever, mas, o meio,
o tempo, as criaturas e fatores
outros, contra-marcaram minha vida.


Sou mais doceira e cozinheira
Do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e
à saúde humana.


Nunca recebi estímulos familiares para ser literata.
Sempre houve na família, senão uma
hostilidade, pelo menos uma reserva determinada
a essa minha tendência inata.


Talvez, por tudo isso e muito mais,
sinta dentro de mim, no fundo dos meus
reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo.



Sobrevivi, me recompondo aos
bocados, à dura compreensão dos
rígidos preconceitos do passado.


Preconceitos de classe.
Preconceitos de cor e de família.
Preconceitos econômicos.
Férreos preconceitos sociais.


A escola da vida me suplementou
as deficiências da escola primária
que outras o destino não me deu. 


Foi assim que cheguei a este livro
Sem referências a mencionar.


Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.


Nem Menção Honrosa.
Nenhuma Láurea.


Apenas a autenticidade da minha
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio: procuro superar todos os dias
Minha própria personalidade
renovada, despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.


Luta, a palavra vibrante
que levanta os fracos
e determina os fortes.


Quem sentirá a Vida
destas páginas...
Gerações que hão de vir
de gerações que vão nascer.
(Meu Livro de Cordel, p.73 -76, 8°ed, 1998) 

Do site: Paralerepensar



Esta é a diferença entre o que pensam de nós e o que realmente somos. A história de Cora é triste e nem por isso serviu de limitação para a sua capacidade. Dentro de cada ser humano existe uma força imperceptível aos olhos de quem não consegue enxergar com o coração. 


Uma frase linda de Saint-Exupéry exemplifica muito bem o que não me canso de dizer: O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS. Infelizmente são poucos os que sabem enxergar, a maioria só consegue ver. A perfeira ilustração de que o preconceito e os estereótipos causam ao ser humano.

Para desgosto dos preconceituosos e míopes (nunca se ouve falar o nome dos que colocam as pedras porque são apenas: PEDRAS) a força que emana de seres guerreiros é capaz de superar todas as adversidades e, ainda mais, brilhar como nunca pelo desafio proposto. Um dia serei como Cora pois já estou juntando as pedras... Os limites estão nos outros, não em nós!

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