SORRISO DE DEUS
Tem dias que acordo assim com uma angústia que não sei de onde vem e nem para onde vai, o que me fortalece é ouvir música. Aliás tenho feito isso com mais (muito mais) frequência hoje em dia.
Descobri que além de acalmar o espírito afasta também maus pensamentos. Aqueles que parecem uma praga que insiste em te perseguir (coisas que você quer esquecer e não consegue). Falo da boa música, com melodia, com letras que são poesias belíssimas seja de que ritmo for. Que te fazem parar para refletir ou simplesmente curtir.
Tem dias que a frustração toma conta de mim pelo tempo que espero que coisas que eu desejo tanto aconteçam e não acontecem, independente do que eu faça, aí eu OUÇO MÚSICA.
Tem dias que acordo tão feliz que não sei nem o porque de tanta felicidade. Aí então faço algo diferente: Ouço mais música. Graças a Deus esses dias são mais frequentes do que os de angústia e frustração. Geralmente me permito ficar down um dia e nos outros é bola pra frente. Não tenho tempo para curtir minhas dores pois tenho muito o que fazer. Antes quando era jovem pensava que morrer aos 50 anos estava de bom tamanho, hoje aos 45 mudei de idéia completamente, não quero morrer como Leonardo da Vinci que lamentava o tanto de trabalho inacabado que deixava. Quero ter tempo para fazer tudo aquilo que sempre sonhei para mim. Tenho muita vida dentro de mim e tenho pressa para viver! É estranho essa coisa de idade, não sinto a idade que tenho lembro apenas quando me perguntam.
A música é um excelente remédio para a alma e o coração. É movida por ela que consigo fazer as tarefas cotidianas que eu não tolero (domésticas). É um quadro muito hilário: pego um mp4 e coloco o fone de ouvido e vou fazer (às vezes até dançando, quando dá), aí não escuto nada, nem o telefone tocando, nem alguém chamando e é simplesmente maravilhoso: desligo o mundo e fica só eu e a música, nem me dou conta daquele trabalho entediante e que nunca fica feito, quem tem filhos sabe do que eu falo. É um trabalho ingrato pois não acaba nunca e não dá para se reconhecer como parte dele. Tem gente que gosta, eu não, faço pela absoluta certeza que pior do que fazer é não fazer e curtir a bagunça.