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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Resenha do artigo A CONTRIBUIÇÃO DA VISÃO BASEADA EM RECURSOS PARA A PESQUISA EM CONTABILIDADE GERENCIAL: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA


Resenha do artigo A CONTRIBUIÇÃO DA VISÃO BASEADA EM RECURSOS PARA A PESQUISA EM CONTABILIDADE GERENCIAL: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA, dos autores: JÚNIOR, A. F. S; ALCADE, a. E costa, R. P. Resenha elaborada por Célia Buarque

A teoria da visão baseada em recursos (RBV) de Barney (1991), que busca explicar que as diferenças de rentabilidade sustentadas por um longo período de tempo não podem ser imputadas ao ambiente externo da organização (PETERAF, 1993), atribuindo estas diferenças aos recursos possuídos pela firma (PETERAF e BARNEY, 2003).
Segundo os autores a RBV tem sido empregada de forma fragmentada e pouco sistemática na pesquisa em contabilidade gerencial. Material escasso na forma direta, mas em grande quantidade de modo genérico.
A base da análise bibliométrica foi a ProQuest e visa responder as seguintes perguntas: Que tipo de contribuição a RBV pode trazer para a pesquisa em contabilidade gerencial? Quais são os destaques da RBV no cenário mundial (Instituições, Países e Autores)?
A revisão da literatura aponta o trabalho de Penrose (1959) como sendo à base da abordagem teórica da RBV. Eles argumentam que o crescimento e o sucesso das firmas dependem do acesso e do uso efetivo de recursos heterogêneos e únicos, divididos em três categorias, a saber: - Capital físico; - Capital humano e – Capital organizacional.
Barney (1991) ressalta que a fonte de vantagem competitiva sustentável de uma empresa está pautada, principalmente, na heterogeneidade e na imobilidade de seus recursos, desta forma eles precisam ser: valiosos; raros e não disponíveis; imperfeitamente imitáveis e não substituíveis.
As críticas sobre a construção teórica da RBV são: Existência de definições imprecisas do que vem a ser recurso, entre outras. Nesse ponto a afirmação de que ter recursos com as características acima descritas, forçosamente geraria uma vantagem competitiva é questionável, outra que o foco é muito baseado em análise de recursos individuais de forma estática, sem levar em conta mercados mais dinâmicos (contingenciais).
Vários autores defendem que a RBV (recursos) e a MBV (mercado) se completam e não se contrapõem.
A contabilidade gerencial refere-se ao conjunto de práticas tais como orçamento e custeamento de produtos. De acordo com Hansen e Mowen (1997) ela constitui uma parte do sistema contábil que se dedica às informações destinadas aos usuários internos da organização. Conforme a pesquisa os dados apontam que os temas mais proeminentes que tem como base a RBV foram “planejamento estratégico” e “contabilidade gerencial”. Wernerfelt (1984) considera como uma “ferramenta econômica” usada para determinar os “recursos estratégicos”, disponíveis para uma empresa.
Figura 1: Estágios Evolutivos da Contabilidade Gerencial
FONTE: Padoveze (2004) in blog do Henrique Melo

A maior contribuição de produção científica em RBV vem da América do Norte (EUA) e o principal nome é Jay Barney (Pesquisador vinculado a uma universidade americana). Quanto aos periódicos de publicação está o Strategic Management Journal, que contém artigos relevantes para uma ampla área de gerenciamento estratégico.
Pode-se concluir que o desempenho organizacional é um dos objetos de estudo de ambas as correntes de pensamento. A RBV com ênfase no desempenho das firmas e a Contabilidade Gerencial com o principal objetivo de mensurar o desempenho organizacional. Sendo assim uma serve de ferramenta para alcançar (medir) os objetivos da outra.
Embora pareçam visualizar muito o ambiente interno e seus recursos servem como norte para administradores buscarem um diferencial pelo bom uso deles, porém é necessário que se leve em consideração os fatores contingenciais e o macroambiente, nem tão fáceis de serem avaliados.


Resenha apresentada como atividade da Base de Pesquisa do Programa de Iniciação Científica (PROIC) Unifacex. 2012.2.

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