Meu agradecimento à equipe UNIFACEX, por todo carinho e incentivo dado a nós alunos, para que pudéssemos ter um excelente desempenho na prova do ENADE 2012 (no meu caso, Administração). Assunto exigido, assunto estudado (com rara exceção porque apareceram com nomes diferentes, creio eu).
Equipe é isso... nem precisa ter vínculo.
O prazer de ajudar ao próximo é toda a "adrenalina" que o mundo precisa. The Best!
Na minha percepção a prova não media nosso conhecimento e sim foi uma "sessão de tortura psicológica" ante a necessidade excessiva de raciocínio e a escassez de horas necessárias para realizá-la. Ao meu ver pecou o MEC em não saber dimensionar o tempo mínimo necessário para se responder a prova com coerência em cada questão. Privilegiando os que são "bons no chute".
Esperava uma prova voltada para ciências humanas, mais humana, que não priorizasse disciplinas do âmbito da contabilidade e finanças. Já que cálculos são facilmente resolvidos com bons programas e que, ao Administrador, cabe melhor saber ler e entender os relatórios do que propriamente saber calculá-los, não que não deva saber, porém ser cobrado em prova é outra coisa.
Administração é uma ciência com campo vastíssimo e com várias ciências implícitas. Querer que, nós alunos, memorizemos fórmulas (várias ao longo do curso) a ponto de fazer inúmeras questões que exigiam: puro raciocínio lógico; saber a fórmula; fazer os cálculos sem calculadora e, ainda, responder 5 questões discursivas gigantescas com espaço mínimo para transcrever as respostas, foi um excesso. Humanamente improvável.
Creio que minha condição (cirurgiada recentemente) não foi o motivo mais relevante pois outros colegas tiveram a mesma percepção que eu tive, sem esse fator de limitação, e são tão dedicados e estudiosos como eu.
CENÁRIO DO DIA DA PROVA
Chegamos com a cara da felicidade. Encontramos colegas, professores, água e refrigerante para nos refrescar, "Kit-calma" (balinhas, chocolate e caneta preta) para nos deixar confortáveis. Outras instituições oferecem o "Kit-exploda" (famoso vire-se). Hora de entrar e arrasar! Enade 5 mais uma vez, porque merecíamos mesmo.
Já ao adentrar a instituição, onde fomos alocados, nos deparamos com uma total falta de sinalização. Para onde iríamos??? Haviam duas escadas que pareciam separar os andares de cima e nós tínhamos que escolher uma delas (pensamento do grupo). Não vi nenhuma placa sinalizando para qual lado estavam as salas e os blocos. Nossa amiga Iara, que estava com o pé torcido, teve que enfrentar uma rampa enorme porque não havia elevador para acesso dela e de quem tivesse necessidades especiais.
Superado esse pequeno detalhe, fomos ao banheiro para não precisar sair da sala durante a prova. Filas nas portas, sem sabão para lavar as mãos, sem toalhas ou aparelho de secagem funcionando. Tudo bem, são só detalhes. E, olha lá a tal placa sinalizadora (manuscrita) no corredor bem próximo a sala. Eu e Carlyanne ficamos na mesma sala apertada, cadeiras literalmente coladas umas nas outras nos impossibilitando de movimentos sem perturbar quem estivesse atrás ou na frente. Ficou lotada, calor subiu, ligaram o outro aparelho de ar condicionado.
Hora de entrega das provas, os fiscais se atrapalharam e a minha fila só recebeu depois que tocou, enquanto que as demais já estavam de posse delas. Uma turma atrás de nós, que eu não sei identificar de qual instituição, ficaram conversando, rindo, perturbando, após a sirene e estarmos respondendo. Os fiscais ineficientes, mal treinados e com cara de fome (pois não se mexiam), não fizeram nada. Carlyanne é que pois fim ao burburinho. (rsrsrsr, bem a cara dela). Acho tão pequeno e medíocre quem não quer ser nada na vida e tentar fazer das pessoas ao seu redor seus parceiros, mesmo sem nosso consentimento. Fica em casa! mais econômico, não paga mico, não dá vexame, não se expõe ao ridículo. As pessoas rindo não estão achando engraçado, estão rindo da tua cara (dá para perceber ou precisa desenhar???). Nossa sorte é que foram os primeiros a sair reforçando a minha tese de pura mediocridade.
Os fiscais, ineficientes como já disse acima, não nos mantinham informados do tempo decorrido (prática usual em todos os concursos: anotar a hora no quadro à medida que vai avançando). Tínhamos que perguntar e nos respondiam baixinho, quase de forma inaudível (cara de fome mesmo). Porém criaram ânimo ao final da prova e passaram a nos torturar com a informação do término da prova a todo instante (30 minutos, 25 minutos, 20 minutos etc... sem terem dado o desconto do tempo que tocou para início e o que deveria ser o término). Ao sair me disseram que faltavam 2 minutos, porém a sirene só tocou depois que fui ao banheiro (tive que deixar minha bolsa com a fiscal senão não autorizavam) e já me dirigia ao saguão de saída. Ainda tinha as cadeiras coladas que provocavam o efeito cascata quando alguém se mexia... adeus raciocínio.
Todas as provas que já fiz na minha vida (e não foram poucas) sempre deu tempo para fazer, revisar as respostas, marcar calmamente o gabarito, transcrever com cuidado as discursivas, entregar e sair antes do término e ainda com folga. Essa foi exceção em tudo. Não tive tempo nem de fazer todas coerentemente, nem de revisar, nem de passar para o gabarito com o cuidado necessário e com os fiscais nos acelerando o tempo todo. O espaço insuficiente para o tamanho das questões discursivas me obrigaram a resumir o que havia escrito no rascunho. Fui a penúltima.
Foram quatro horas de desconforto físico e mental (o desconforto físico como se apresentou foi até tolerável, o pior foi o mental) e sinceramente não sei a que tipo de "feedback" tal processo nos remete, mas ao meu ver, da forma como foi feito é incorreto com os alunos e com as instituições sérias que participaram desse ENADE. A prova que eu fiz como ingressante (2009), mesmo sem conhecimento das disciplinas, me pareceu muito mais coerente com uma prova da área de humanas do que essa. O que levou o MEC a uma mudança tão radical? Passei a entender, a partir de então, a revolta dos que fazem o exame da Ordem.
Após ler tudo isso podem pensar que estou insatisfeita com meu resultado por isso estou criticando (acertei 5 formação geral num total de 8 e 17 conhecimentos específicos, num total de 27 - aguardando a correção das 5 discursivas que fiz todas). Estou realmente, mas não é só um desabafo, é uma constatação de que fomos prejudicados pela falta de tempo coerente com a complexidade da prova. Creio que nesse modelo perdemos todos: Instituição/Alunos e o próprio INEP. Quase não deu tempo de responder o questionário deles sobre o que achamos da prova. Deixo aqui minha opinião mais coerente do que as bolinhas que eu fiz no gabarito da pesquisa, muitas sem nem ter tido tempo de ler. Para mim não era "só uma prova" é meu projeto de vida pautado em obter sempre os melhores resultados possíveis. Orgulho? Não! Esforço-me muito para atingi-los pois esta é a minha filosofia (de vida).
Sempre procuro um lado positivo e encontrei esse:
Acabou!
Agora é só esperar o resultado e nosso diploma. Se não fossem os contratempos, talvez, muitos pontos positivos eu poderia estar relatando aqui já que minha natureza é a de elogiar, gosto muito de ressaltar as qualidades porque creio que todos se esforçam para dar o melhor (exceto os medíocres) e às vezes erram na tentativa de acertar.
Célia Buarque,
Concluinte do Curso de Administração do
Centro Universitário Facex - UNIFACEX, Natal/RN.
Agora sou Bacharela em Administração, laureada com média final 9,3. Nosso curso conseguiu o 2º Enade 5.Centro Universitário Facex - UNIFACEX, Natal/RN.
Que Jesus interceda pela sua cura, grande amigo.
Participou do Enade??? Coloque sua percepção nos comentários, assim ajudamos ao MEC no aperfeiçoamento desse processo que eu acho válido, mas precisa de correções.