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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A arte de falar em público

No filme O Discurso do Rei a amizade ensina mais que a técnica.


Quando desejamos desenvolver uma nova habilidade, treinar com afinco pode não ser o suficiente. Muitas vezes a diferença entre triunfar e fracassar está no fato de termos suporte contínuo, que nos apóie e corrija possíveis falhas no desempenho. Essa premissa está muito bem demonstrada no filme "O Discurso do Rei", que estreou dia 11 de fevereiro no Brasil, dirigido por Tom Hooper, com Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter nos papeis principais.

No filme, o excelente Colin Firth desponta como o favorito ao Oscar em sua categoria. Ele interpreta o duque de York - o segundo na linha sucessória ao trono da Inglaterra - e é gago. Apesar de ter sido forjado para ser o monarca, tanto quanto seu irmão primogênito, ele vê essa possibilidade de forma distante devido aos seus medos e bloqueio na fala, que o impedia de ser um orador ao menos satisfatório.

Após tentar vários métodos, com diferentes especialistas em oratória, e desistir por total ausência de avanços, o duque vai parar num porão, numa região não sofisticada de Londres, por influência de sua esposa (Bonham Carter) para ver um profissional um tanto excêntrico na arte de educar: Lionel Logue (o infalível Geoffrey Rush). A distância que os separa inicialmente é a mesma que separa qualquer mortal de um futuro rei. Mas com a visão muito especial de Lionel acerca do processo que ele oferta como um serviço ao Duque, as barreiras entre treinando e treinador vão caindo por terra.

O Duque avança de forma lenta, mas consistente. O trunfo de Lionel não é a ortodoxia de seu método de ensino, tampouco sua técnica afiada, mas sim o seu apoio constante, sua mão estendida, sem ser condescendente em qualquer momento. Ele é generoso em seu suporte e exigente em seus critérios. Usa de muito humor também, o que torna o desenvolvimento do futuro rei mais leve, menos formal e faz surgir nele maior espontaneidade - fator decisivo na arte de falar em público.

Lionel parece entender que quando buscamos crescer numa área difícil para nós, as recaídas fazem parte do caminho, e não podem constituir impedimento para continuarmos. "O crescimento se dá em ondas", como bem explicou o maior treinador americano em falar em público, Dale Carnegie (que como Lionel era um aspirante a ator, também frustrado). A semelhança entre o método e a verve de Dale Carnegie e do personagem é indiscutível bem como a imensa habilidade em lidar com pessoas.

Quando o duque assume o reinado, ele e Lionel transformam seu trabalho juntos numa amizade que duraria pelo resto da vida de ambos. E por certo essa amizade, para um homem poderoso e solitário como o rei George VI, é a maior mestra de todas. O filme é o campeão de indicações ao Oscar do ano, com 12, inclusive melhor filme e diretor.

Jornalista, MBA em Marketing e Instrutora de Treinamentos Empresariais da Dale Carnegie Training, na área comportamental. Já instruiu mais de 250 pessoas para aperfeiçoamento da Liderança pessoal, Comunicação e Controle de Estresse.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Meus Medos Contemporâneos

Lendo o livro "Cartas entre Amigos" de Pe. Fábio de Melo e Gabriel Chalita resolvi listar meus medos contemporâneos e gostaria de saber quais os medos das pessoas que passarem por aqui. Se quiser deixe seu comentário, essa troca de idéias é muito interessante, pois o universo de cada um é uma grande surpresa.

Medo da Morte
Não tenho medo da morte, nem dos mortos (tenho medo dos vivos) e da morte daqueles a quem amo.

Medo da Solidão
Esse é meu maior pesadelo. A possibilidade de me sentir só me assusta acho que é reflexo da perda do meu pai aos 3 anos. Necessito de pessoas que façam com que eu me sinta viva. Gosto do contato, de ouvir e ser ouvida, de olhar nos olhos e tentar enxergar a alma de cada um, a essência.

Medo do Fracasso
Se tivesse medo do fracasso já teria morrido, tantas vezes fracassei quando pensava está conseguindo, tantas vezes morri na praia depois de tanto nadar, que perdi as contas. Fracasso é uma questão de ponto de vista, para mim são montanhas a serem vencidas. Resultado de tentativas que poderiam ter dado certo, mas enfim, não rolou naquela hora, eu tentei!

Medo da Inveja
Realmente disso ninguém escapa. Tão melhor seria tentar superar os outros ao invés de tentar derrubá-los. Cresci ouvindo pessoas invejosas que me olham atravessado por não conseguirem ir além do que eu sou, mesmo sendo eu um ser extremamente simples que procura ver as cores da vida e não o cinza. Sempre tento fazer o melhor, se consigo? bem, aí  é outra história, pelo menos tento. Essas pessoas invejosas não conseguem se valorizar e, então, passam a se ocupar em derrubar os outros ao invés de construir sua própria vida, tanto a ser feito por eles e perdem esse tempo com os outros. O inimigo do Bom é o Melhor, porque não tentar mudar o verbo desdenhar/invejar pelo verbo igualar/superar.

Medo do Envelhecimento
Esse é cruel para nós mulheres. Queria morrer aos 50 anos para não ver a ladeira descendo, enfim era esse o meu pensamento mas agora que os 50 se aproximam quero ir até onde a lucidez permitir, se essa for a vontade do meu Criador. Só peço a Ele que não me deixe sofrendo aqui na terra em total dependência, seria terrível para o meu espírito tão inquieto fica inerte e dependente.

Medo das Paixões
Bom essa é difícil. Comecei a namorar meu atual marido quando tinha 16 anos e estamos casados até hoje, isso conta 29 anos de convívio, sendo que 23 anos de casada, muitas alegrias, tempo de fartura e nem tanto, tempo de brigas e reconciliações, tudo como um casal normal. Acho que paixão é algo que se transforma em amor, companheirismo, necessidade da pessoa amada. Não sei como seria minha vida sem ele apesar de nossas divergências, ele é óleo e eu sou água, ele é terra e eu sou céu. Segundo ele eu não passei na fila da Razão quando nasci, fui duas vezes na da Emoção, mas é pura intriga, eu me acho racional demais, porém concordo que emoção ocupa um bom espaço.


Medo da falta de sentido na vida
Por esse medo já passei várias vezes. Isso ocorre sempre que eu quero ir por um caminho e a vida me leva para outro. Ficar em casa, sem fazer nada que preencha o espírito, é um fator que me deixa sem sentido de existência. Querer que eu me limite a ser uma "dona de casa" é muito redutor para mim. Mas, ninguém me obrigou a fazer isso, a vida me levou para esse caminho quando fiz outras escolhas. Ter filhos para mim é uma felicidade indescritível, lembro da gravidez, do nascimento (nunca me senti mais feliz do que quando tive um filho pela primeira vez nos braços, acho que por isso repeti 3 vezes, rsrs) mas ter que ficar em casa cuidando deles é um preço muito alto, porém no momento tem que ser assim (nessas horas só com dinheiro se resolve, infelizmente), mas eles estão crescendo e menos dependentes, aí poderei realizar os meus sonhos.

Outro medo que não está listado no livro:

Medo da Maldade Humana
O prazer mórbido de ferir o outro, de diversas formas, não só fisicamente. Os requintes de crueldade, a falsa ilusão de poder que emana da força. Onde estava a força dos traficantes ao serem presos (se esconderam atrás de geladeiras, borraram as calças - Cadê o poder?).
Falsa porque é transitória e diminui mais o agressor do que o agredido. A maldade que é feita com o próximo retorna para seu ponto de partida. É a lei do universo. Causa e Efeito. Acredito que tudo está intrinsecamente ligado, afinal segundo um físico  (física quântica), que não recordo o nome agora, somos energia e não matéria (há controvérsias) e aquilo que atraímos para nós já está feito no universo. É uma questão de escolha se você quer energia boa ou ruim. Se ele está certo? quem vai saber?
Eu acredito no poder do pensamento positivo e do poder de nossas escolhas, porém muitas vezes somos atingidos pelas escolhas dos outros.
O Antigo Testamento (não gostava de ler) traz muita punição, muita desgraça, um Deus vingativo que exigia holocausto.
Muito diferente do Deus em quem eu acredito, porém não sei se li ou ouvi alguém dizer (minha cabeça está tão cheia de informações ultimamente que as idéias estão embaralhadas - preciso descansar um pouco, meditar para colocar as idéias em ordem) que os holocaustos que existiam no Antigo Testamento serviam para que as pessoas percebessem que seus erros atingiam um inocente, ou melhor, um inocente pagava pelos seus erros.
Mas a espécie humana prefere, sempre, interpretar de forma mais prazerosa para si e comete erros e depois sacrifica alguma coisa ou alguém para se redimir, e aí, qual a lição? Deus precisou mandar seu filho amado para que fosse o último sacrifício de um inocente, quem sabe assim a humanidade compreendesse a mensagem. E, então? será que compreendemos?


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